Como a mente processa o luto e as perdas de qualquer espécie e como superá-las?

Quando se fala em luto imediatamente se pensa na perda de um ente querido, ou seja, em uma circunstância de morte e na tristeza que ela acarreta. Mas quando se leva em conta as várias perdas que a maioria das pessoas  enfrenta na vida, tais como trabalho, sociedade em uma empresa, melhor condição financeira, amizades e relacionamentos, há o entendimento de que o sentimento de luto é muito mais amplo e está presente em todos esses aspectos.

Muitas vezes relacionamos o luto à morte de um ente querido. Porém, o sentimento de luto pode ir muito além do que descrevemos e pode ser aplicado a situações diversas, nas quais ocorre uma ausência abrupta e definitiva, mas neste artigo focaremos no luto pós morte.

Ou seja, o luto é um sentimento formado por um conjunto de reações resultantes de uma perda impactante e que leva tempo para ser assimilado e absorvido. Cada indivíduo tem seu tempo emocional e este processo não deve ser apressado.

Pensando no ciclo da vida, em algum momento todos vamos passar pelo processo de luto e esse sentimento é particular, cada pessoa vai sentir de uma forma e externar isso do seu jeito.

“Somos seres únicos, dotados de memórias e histórias, é perfeitamente normal que cada um viva o luto de modo único”, comenta o Dr Stephen Paul Adler, autoridade sênior em Psicanálise, Ph.D. em Psicologia, Pós-doutor em Estresse pós-traumático e único consultor no Brasil com certificação pela ASCH – American Society of Clinical Hypnosis no método clínico de hipnose criado por Milton Hyland Erickson, um psiquiatra estadunidense especialista em terapia familiar sistêmica e uma das autoridades mundiais nas técnicas de hipnose aplicadas à psicoterapia.

Pesquisas apontam que 70% dos brasileiros não sabem lidar com o luto e embora a maioria carregue algum trauma relacionado ao problema, acabam não procurando ajuda para supera-lo.

O luto de perdas diversas, muitas vezes é carregado inconscientemente por uma pessoa ao longo de sua vida, provocando uma série de efeitos que a afetam negativamente tais como ansiedade em relação ao futuro devido a eventos passados, uso de válvulas de escape, como vícios ou compulsões, perda da fé em si mesmo e na vida, angústia, dispersão constante da atenção, sonolência, entre outros.

Dr Stephen ressalta o fato de que pesquisas neurobiológicas indicam que o intelecto controla menos de 5% do comportamento humano. Os outros 95% ficam a cargo do subconsciente. E é nesse ponto que o tratamento clínico de terapia ericksoniana se destaca. De acordo com ele nesses casos “o melhor tratamento é o que age no inconsciente e não na mente consciente, pois permite à pessoas buscarem dentro de si mesmas uma maneira de transformar os sentimentos de dor em boas lembranças”.

“A terapia para superação do luto fornece à pessoa as apresendizagens internas e o suporte emocional correto, com objetivo de fazer com que essas aprendizagens regulem o emocional diante da perda e deem ao paciente empoderamento sobre o sentimento do luto e demais problemas emocionais”, explica Paul Adler.

O PhD ainda garante que todos têm em seu interior a capacidade para resolver quaisquer problemas. “Ao assumir essa responsabilidade, abre-se um novo caminho no processo de cura”, afirma.

ACT Institute, instituição de ensino e aperfeiçoamento do grupo The Global Institute for Trauma Resolution, o Dr Stephen Paul Adler explica sobre o processo e ensina a como superar o trauma de perdas de entes queridos e quaisquer outras. O principal objetivo do ACT Institute é difundir técnicas eficazes que buscam o bem-estar e a comunicação efetiva, seja em relacionamentos pessoais, sociais ou no âmbito corporativo.