Por Tânia Jeferson
Parceria, tolerância e respeito. Essas três palavras formam o conceito que dá sucesso e equilíbrio à família e ao negócio do casal Dina e Damersom Zanette, proprietários da Zanette Soluções em Transportes, empresa que comemora 25 anos de crescimento, solidez e eficiência.
A história da transportadora começou quando eles se casaram e ganharam do pai de Damersom, o saudoso Acir Zanette, um caminhão Mercedes-Benz. Decidiram que com esse caminhão iniciariam um empreendimento, pois estavam familiarizados com o setor, já que Damersom, mais conhecido como Zanette, viajava com o pai. Fundaram a Zanette Transportes, começaram a trabalhar e foram tomando gosto pelo negócio.
“A Dina cuidava do administrativo da empresa e da casa enquanto eu viajava. Assim fomos trabalhando. O transporte é um ramo muito desafiador, muito dinâmico e vivo. Operações e problemas acontecem em tempo integral e a empresa precisa estar preparada para mudanças de plano e cenários, tomadas de decisão e resolução de problemas. Além disso, temos todas as variáveis de fator externo que fogem a alçada do gestor e influenciam diariamente e objetivamente no plano”, explica Zanette.
O planejamento e foco no negócio permitiram o desenvolvimento da transportadora. Hoje, a frota conta com 45 caminhões, sede própria em São José dos Pinhais e filiais em Ponta Grossa, São Paulo, Minas Geras e Pernambuco. É uma empresa enxuta, produtiva e dinâmica e esse perfil traz alguns diferenciais de mercado que coloca a Zanette à frente de muitas empresas, pois tem o DNA de crescer na crise.
“Dina se preocupa muito com o ponto de equilíbrio, exposição, escore e autonomia do negócio. Não somos reféns do mercado e nem do negócio. É um privilégio”, destaca o empresário.
SÓCIOS CASADOS
Mas dá certo um casal trabalhar como sócios nos negócios? Segundo Zanette, é fácil quando existe a tolerância e o respeito. “Toda divergência, quando não tem respeito, se torna briga. Mas quando em uma discussão se acrescenta respeito, se torna crescimento. A essência da divergência é o crescimento. Se não concordarmos com um ponto de vista e não respeitarmos o espaço, ideia ou a pessoa, não crescemos, mas uma vez que os dois tenham ideias diferentes sobre o mesmo assunto, mas respeitam o posicionamento, é possível chegar a um denominador comum. Eu e Dina temos muito isso”, assegura.
REGRINHAS
Para separar a sociedade do casamento, tem que ter disposição. Dina e Zanette criaram algumas regrinhas que funcionam muito bem. “Nós construímos, organicamente, uma estratégia em que não falamos da empresa em casa e não falamos de assuntos particulares na empresa. Nós temos um cuidado muito grande quanto a isso e pra nós esse é o primeiro ponto de todo o trabalho: separar as coisas! São tratativas diferentes e usamos personas distintas: na empresa usamos um nome e em casa outro”, fala Zanette.
Se alguma situação urgente exige que eles precisem falar sobre trabalho enquanto estão em casa, o casal sai, vai até o escritório, resolve a questão, e depois retornam ao lar. Outro método interessante criado pelo casal sócio diz respeito ao percurso escritório/residência.
“Mais ou menos na metade do nosso percurso tem um ponto de referência. De casa até o ponto de referência são assuntos familiares. Daquele ponto em diante, apenas assuntos da empresa. Isso se tornou tão automático que até nossos filhos aderiram e quando em algum momento passamos o ponto e continuamos determinado tema, eles nos chamam a atenção. Nosso negócio não desliga, é ativo 24 horas por dia, então esses mecanismos ajudam a manter a relação de sociedade e de casal”, conta o pai de Alisson, Laura e João e avô do Romeo.
MAIS QUE EMPRESÁRIOS, SEMEADORES
Além de realizadores, Dina e Zanette são dois sonhadores. “Somos pessoas do bem. Participamos ativamente de projetos sociais, assumimos isso como casal, e nos fortalecemos muito com essas ações”, pontua Zanette.
Ele conta que sempre que há a oportunidade de falar em público, gostam de destacar que todo empresário que tem sobre seus ombros a responsabilidade de sustento da sua família, e de pelo menos mais uma, é um agente social e como tal deve se comportar.
O casal defende que é preciso olhar para além do próprio negócio. “O empresário deve olhar para o entorno, para dentro da comunidade em que está inserido, para os funcionários e suas famílias. Não temos que construir apenas uma empresa sólida, sustentável e rica, temos que construir um ecossistema, para que um dia nossos filhos abram o portão de casa e consigam admirar os jardins ao redor e queiram ficar. Não queremos jardim bonito apenas dentro do nosso cercado. Queremos que os filhos cresçam e tenham flores para colher aqui, pois muitos são se tornam pais velhos, ricos e solitários vivendo longe dos filhos, que foram colher flores longe.”
“Ando com o bolso cheio de sementes”, diz Zanette, metaforicamente. O casal diz semear sempre. Se vai dar certo? Não sabem, mas estão sempre semeando para construir um jardim maior, plantar flores no caminho além dos próprios muros.
“Quando casamos, o padre disse: Zanette, se você quiser casar e ser feliz, não case com a Dina. Dina, se você quiser ser feliz, não case com o Zanette. Mas se vocês quiserem fazer alguém feliz, aí sim o casamento é uma ótima oportunidade. Então há mais de 20 anos eu trabalho pra fazê-la feliz, e ela trabalha para buscar minha felicidade, e nós juntos trabalhamos para fazer a vida das pessoas melhor. É uma espiral positiva que eleva qualquer relacionamento. É no que nós acreditamos.”
SERVIÇO
Zanette Soluções em Transportes
R. Pedro Valaski, 539 – Rio Pequeno
São José dos Pinhais / PR
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(41) 3283-4002