São Paulo – SP 23/10/2020 – Dados da ONU apontam que 815 milhões de pessoas não têm o suficiente para comer no mundo.
Em todo o mundo, as crianças costumam fazer suas refeições na escola porque não têm acesso a alimentos suficientes em suas casas.
A fome é um desafio crítico para a saúde que foi agravado pela pandemia global. “Agora, mais do que nunca, o mundo precisa se unir para fazer sua parte, apoiando as populações vulneráveis, visando amenizar este grave problema”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).
De acordo com FAO, a América Latina é uma das maiores exportadoras de alimentos do mundo, o que torna a indústria de alimentos um setor chave para o crescimento da região. Mas, o levantamento realizado em 2019 por esta organização, aponta que 20% das perdas alimentares acontecem na América Latina e Caribe, embora 47 milhões de pessoas enfrentem situação de fome nestas localidades. Foram contabilizadas todas as etapas da cadeia produtiva, ou seja, desde a colheita até a distribuição nos supermercados. No Brasil, a matéria-prima rejeitada em feiras livres, armazéns e demais pontos de venda poderia alimentar 11 milhões de pessoas.
Dados da ONU apontam que 815 milhões de pessoas não têm o suficiente para comer no mundo. Cerca de 155 milhões de crianças com menos de cinco anos de idade sofrem com subnutrição crônica. em cada duas mortes de menores, uma é causada pela fome.
Em todo o mundo, as crianças costumam fazer suas refeições na escola porque não têm acesso a alimentos suficientes em suas casas. O Programa Mundial de Alimentos informou que 66 milhões de crianças em idade escolar frequentam as aulas com fome nos países em desenvolvimento, o que afeta significativamente a capacidade de elas aprenderem. Estima-se que as refeições e lanches das escolas satisfaçam dois terços das necessidades nutricionais diárias das crianças.
No Brasil, pesquisa do IBGE divulgada em setembro estima que dos 68,9 milhões de lares no País, 36,7% estavam com algum nível de insegurança alimentar. Isso representa no total 84,9 milhões de pessoas.
Pesquisa sobre hábitos de consumo divulgada recentemente pela Ingredion, líder mundial no mercado de soluções em ingredientes, mostra que 90% dos brasileiros se dispõem a ingerir alimentos derivados de plantas e vegetais. É a taxa mais alta entre os países pesquisados (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Peru). “A pesquisa, feita em conjunto com a consultoria Opinaia, abordou também questões como qualidade de vida e sustentabilidade”, informa Vininha F. Carvalho.
A crise global provocada pela Covid-19 não só colocou a questão da saúde no radar da população, mas também tem provocado uma reflexão sobre sustentabilidade e impactos ao meio ambiente. Nesse sentido, a opinião pública brasileira não é diferente. Hoje os consumidores exigem qualidade e confiabilidade das suas marcas, além de saudabilidade e respeito ao meio ambiente, analisa Marcelo Palma, Gerente da Plataforma de Plant-Based Protein, América do Sul.
“Um dos pontos mais marcantes desta pesquisa revela que 37% dos entrevistados do Brasil se reconhecem como adeptos do veganismo, vegetarianismo, flexitarianismo ou pescetarianismo. Para 82% das pessoas essas correntes são consideradas como mais saudáveis, 43% as adotam para evitar maus-tratos e sofrimento de animais, e 46%, para ter opções mais variadas”, relata Vininha F. Carvalho.
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