Pinhais: Campanha pelo Dia Mundial de Luta contra a Aids

Campanha global busca combater o preconceito, desinformação e estigma sobre a doença; serviços de saúde de Pinhais oferecem atendimento permanente

Fonte: Prefeitura de Pinhais 

1º de dezembro é o Dia Mundial de Luta contra a Aids, uma campanha global que combate o preconceito, a desinformação e o estigma que ainda perduram em torno da doença. Esta data constitui uma oportunidade para apoiar as pessoas envolvidas na luta contra o HIV e melhorar a compreensão do vírus como um problema de saúde pública global.

Em Pinhais, de 2009 a 2021, foram notificados 582 casos e 127 óbitos por HIV e/ou Aids. Dos casos notificados, cerca de 70% foram do sexo masculino e 13% em jovens de 15 a 24 anos.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) reforça a importância da prevenção e dos cuidados em casos de diagnóstico positivo. Todas as Unidades de Saúde da Família disponibilizam gratuitamente preservativos e realizam a testagem rápida para HIV, Sífilis e Hepatites B e C. O atendimento é de segunda a sexta, das 8h às 17h e até às 19h nas unidades de horário estendido: Ana Nery, Maria Antonieta, Vargem Grande, Perdizes e Weissópolis.

O Centro de Controle de Agravos (CCA) de Pinhais é responsável pela Profilaxia pós-exposição (PEP), Profilaxia pré-exposição (PrEP), Testagem rápida para HIV, Sífilis e Hepatites B e C, disponibilização de auto-teste para HIV e distribuição de preservativos.

Desde o ano de 2013, o município não registra casos de HIV e/ou Aids em menores de cinco anos de idade. Por este fato, Pinhais recebeu a Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical do HIV, após visita da equipe de validação do Ministério da Saúde no segundo semestre de 2022.

O que é Aids

A Aids é uma doença infecciosa, transmitida pelo vírus HIV. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, do Ministério da Saúde e do UNAIDS, a cada 15 minutos uma pessoa se infecta com o vírus no Brasil.

Fases da doença

Infecção aguda: tempo que decorre entre a exposição ao vírus até o surgimento dos sinais da doença. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida.

Período assintomático: pode durar muitos anos, marcado pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus.

Aids: estágio mais avançado da doença. Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. Os sintomas que comumente aparecem nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento. A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Quem chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou por não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer.

Transmissão: Pessoas soropositivas, que têm ou não Aids, podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação.

Tratamento: Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 e atuam para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico e seu uso regular é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV, reduzindo o número de internações e infecções por doenças oportunistas.

No Brasil, desde 1996, o SUS distribui gratuitamente os medicamentos para HIV/Aids a todas as pessoas que necessitam de tratamento.

 

Prevenção

Uso de preservativo em todas as relações sexuais; 

PEP – Profilaxia pós-exposição: utilização da medicação antirretroviral após qualquer situação em que exista a exposição ao HIV. A medicação age impedindo que o vírus se estabeleça no organismo, por isso a importância de iniciar esta profilaxia dentro do prazo de até 72 horas, sendo o tratamento mais eficaz se iniciado nas duas primeiras horas após a exposição. O tratamento deve ser seguido por 28 dias e deve ser indicado por profissionais de saúde;

PrEP – Profilaxia pré-exposição: utilização do medicamento antirretroviral por pessoas que não vivem com HIV, mas apresentam mais possibilidades de exposição ao HIV. Com o medicamento já circulante no sangue no momento do contato com o vírus, o HIV não consegue se estabelecer no organismo. O PrEP deve ser indicado por profissionais de saúde;

Tratamento como prevenção: a adesão ao tratamento antirretroviral faz com que as pessoas vivendo com HIV consigam a supressão viral, ou seja, que a carga viral de HIV seja tão baixa a ponto de não ser identificada em exames, a chamada “carga viral indetectável”. As evidências científicas também mostram que pessoas vivendo com HIV que possuem carga viral indetectável não transmitem HIV por relações sexuais ao terem relações sem preservativo;

Acompanhamento de pré-natal regular a todas as gestantes para tratamento da gestante positiva para HIV precocemente evitando a transmissão vertical.

Serviço

A distribuição de preservativos e testagem rápida para HIV, Sífilis e Hepatites B e C são realizadas em todas as USFs, das 8h às 17h e até 19h nas unidades de horário estendido.

O Centro de Controle de Agravos (CCA) fica na Rua Quinze de Novembro, 92, no Centro e funciona das 8h às 16h30, com os seguintes serviços: PEP; PrEP; Testagem rápida para HIV, Sífilis e Hepatites B e C; Disponibilização de autoteste para HIV (a pessoa coleta sua própria amostra e, em seguida, realiza um teste e interpreta o resultado, sozinho ou com alguém em quem confia); e distribuição de preservativos.

Telefone/WhatsApp: (41) 99219-0966.

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