Abril Azul: Pinhais promove diversas atividades pela conscientização sobre o autismo

Município reforça campanha mundial com programação de eventos culturais e informativos

Todos os anos é comemorado mundialmente o Abril Azul, um mês dedicado à conscientização do autismo. A campanha tem como marco o dia 2 de abril, quando foi criado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2007. Em Pinhais, a lei municipal 1.801/2017 institui a Semana Municipal de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ao longo do mês, a prefeitura promove uma programação especial de eventos, com o objetivo de levar informação e reduzir o preconceito contra indivíduos do espectro.

No próximo domingo, dia 26 de março, será realizada mais uma edição do Histórias que Acolhem. Durante toda a tarde, haverá contação de histórias, música, brincadeiras e um piquenique. O evento é destinado às famílias atípicas (PcD, Autismo, TDAH, T21, Transtornos e demais condições específicas) que se inscreveram pelo formulário online divulgado pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Semel).

No dia 1º de abril, as professoras do Atendimento Educacional Especializado (AEE), da rede municipal, levam atividades direcionadas às crianças na edição especial da Rua da Cultura, no Parque das Águas, das 14h às 18h.

Já no dia 5 de abril, uma palestra com a psicóloga Cassandra Piore Peron será apresentada no Cenforpe para os servidores da Prefeitura de Pinhais sob o tema: Transtorno do Espectro Autista – Compreender para incluir.

Encerrando a programação, a prefeitura convida toda a comunidade a participar da palestra “Uma perspectiva funcional sobre o autismo” com William Chinura, no dia 19 de abril em dois horários: às 9h e às 14h, no auditório do Cenforpe.

Causas
De acordo com portal internacional de divulgação científica Autism Speaks, o elemento genético está envolvido na grande maioria dos casos de TEA. Quem tem um filho com esse diagnóstico, apresenta de 2 a 18% de chance de um segundo filho também apresentar essa condição.

Estudos com gêmeos idênticos mostram que, se uma criança tem autismo, a outra será afetada cerca de 36 a 95% das vezes. Em gêmeos não idênticos, se uma criança tem autismo, a outra é afetada em cerca de 31% das vezes.

Direitos
As pessoas dentro do espectro autista são consideradas Pessoas com Deficiência (PcD) e têm direitos assegurados conforme disposto pela Lei Brasileira da Inclusão (LBI). Para facilitar o acesso às políticas públicas no estado do Paraná, foi criada a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPELA). O cadastro é feito pela internet, por meio do site da Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania.

Em Pinhais, o Decreto nº 214/2019 instituiu a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O documento permite a identificação do munícipe com TEA e garante o atendimento prioritário nas repartições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos no município.

Atendimento multidisciplinar
O atendimento a pessoa que apresenta TEA é feito em modo multidisciplinar:

  • Médico (neurologista ou psiquiatra);
  • Terapias (psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional);
  • Atendimento educacional especializado (quando estudante);
  • Medicamentos (nem todas as pessoas com autismo utilizam terapia medicamentosa).

É importante ressaltar que um dos atendimentos não se sobrepõe ao outro. A pessoa que tem o diagnóstico de TEA tem direito ao suporte clínico, terapêutico e escolar.

Os serviços de suporte e as estratégias de atendimento no ambiente escolar são organizados conforme a necessidade.

Autistas no mundo
Dados da OMS estimam que há 2 milhões de pessoas com TEA no Brasil. Já o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos traz a informação de que uma em cada 32 crianças nos EUA são autistas.

Os meninos são 4 vezes mais propensos a serem diagnosticados com autismo do que as meninas.

O diagnóstico pode ser estabelecido com segurança a partir dos 2 anos de idade. O documento (laudo) é emitido por um médico, contudo, o processo de avaliação é multiprofissional. Embora seja de origem genética (a pessoa nasce com o TEA), não há exames laboratoriais ou de imagem para detecção do autismo.

Os dados ainda indicam que cerca de 31% das crianças com TEA têm deficiência intelectual, outras 25% estão na faixa limítrofe e 44% têm pontuações de QI na média ou acima da faixa média.

O autismo afeta todos os grupos étnicos e socioeconômicos. Contudo, grupos minoritários tendem a ser diagnosticados mais tarde e com menos frequência.

A intervenção precoce oferece a melhor oportunidade para apoiar o desenvolvimento saudável e proporcionar benefícios ao longo da vida.

Serviço
Abril Azul: Mês de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista

26/03 – 14h – Histórias que Acolhem – Vagas esgotadas.

01/04 – 14h às 18h – Rua da Cultura – Parque das Águas (Rod. João Leopoldo Jacomel com Estrada Ecológica).

05/04 – 8h – Palestra: Transtorno do Espectro Autista: Compreender para incluir. Público: servidores da Prefeitura de Pinhais.

19/04 – 9h e 14h – Palestra: Uma perspectiva funcional sobre o autismo – Cenforpe (Av. Iraí, 696, Weissópolis).

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