Luto e falta de reconhecimento afetam o emocional de profissionais da enfermagem

Foto: Divulgação

São Paulo, SP 13/11/2020 – O cuidado com a saúde mental deve acontecer idealmente antes e independente da presença de sintomas, explica a Dra. Ines.

Impactos da pandemia no bem-estar emocional dos profissionais da saúde continua, principalmente, entre técnicos e auxiliares de enfermagem, que já possuem diversos fatores estressantes mesmo antes da Covid-19.

Ansiedade e estresse são os sentimentos que predominam entre os profissionais da linha de frente no combate à pandemia segundo a terceira edição da pesquisa realizada pela Associação Paulista de Medicina (APM) no período de junho a julho de 2020. Para os auxiliares e técnicos de enfermagem, bem como enfermeiros, o luto devido ao alto número de perdas, tanto de colegas de profissão, quanto de pacientes, junto à falta de reconhecimento, criaram um cenário de saúde mental ainda mais complexo em meio a batalha contra a doença.

 

Auxiliar de enfermagem é uma das profissões que mais mantém contato com pacientes afetados pela Covid-19. Devido a isso, em maio de 2020, o Brasil já liderava o número de mortes de profissionais da enfermagem no mundo de acordo com Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN, sigla em inglês). Em contraponto, o reconhecimento desses profissionais não é proporcional à sua dedicação. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o salário médio dos auxiliares de enfermagem varia entre um e pouco mais de três salários mínimos, um dos menores na área de saúde.

 

E tudo isso gera altos impactos na saúde mental. Para a Dra. Ines Hungerbühler, PhD e Chefe do Departamento de Psicologia da Vitalk, uma empresa especializada em inovação para a saúde mental, o bem-estar emocional desses profissionais já era comprometido pela natureza exigente da profissão. Segundo ela, o estresse psicológico é constantemente presente na rotina destes profissionais devido à alta carga emocional envolvida no cuidado de pessoas adoecidas. Já o estresse organizacional, também comum a estas pessoas, deve-se ao alto número de demandas, complexidade de tarefas, plantões e trabalhos noturnos.

 

Com o surgimento da Covid-19, esses profissionais passaram a precisar ainda mais de apoio para lidar com sintomas não só do estresse, mas também da ansiedade, ou até mesmo os impactos do cansaço e isolamento social. E foi por esse motivo que mais de 5 mil profissionais da área da saúde, em maior parte, enfermeiras, baixaram o aplicativo da Vitalk desde março de 2020. Oferecendo suporte emocional gratuitamente através de rápidas e engajantes conversas digitais, guiadas por um chatbot, o aplicativo trata de forma leve esse tema que ainda é visto como tabu na sociedade. Basta acessar a este link para baixar o aplicativo.

 

E, apesar de todas as diferentes funções e níveis de formação, os profissionais da área de enfermagem possuem um fator em comum, a dificuldade em reservar um tempo para cuidar de si mesmos, segundo estudo publicado na revista científica do Centro Universitário São Camilo. E foi com a finalidade de incentivar o autocuidado entre esses profissionais que a Vitalk, com o apoio da Johnson & Johnson Foundation, produziu um material com dicas específicas de cuidado online e offline, basta clicar neste link para acessar gratuitamente.

 

“O cuidado com a saúde mental deve acontecer idealmente antes e independentemente da presença de sintomas”, explica a Dra. Ines. Ela também salienta que a própria definição da palavra saúde, pela OMS, é um estado completo de bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades. A Dra. aponta que da mesma forma como é necessário escovar os dentes todos os dias, também é preciso ter um cuidado diário com o bem-estar emocional. E isso inclui, por exemplo, o conhecimento das próprias emoções, gerenciamento emocional e de estresse e até mesmo uma administração do tempo, para garantir atividades que gerem um bem estar em meio a rotina. E esse autocuidado deve acontecer tanto dentro do ambiente de trabalho, ao respeitar os intervalos, por exemplo, quanto no âmbito pessoal.

 

A enfermeira Dr. Ana Maria Costa Carneiro, Coordenadora do curso de Enfermagem Faculdade Lusófona de São Paulo acrescenta que “quando o profissional de saúde cuida da sua saúde mental, ele consequentemente também cuida do seu paciente, pois consegue entregar um trabalho mais empático e mais humano”. Além disso, segundo estudo da Universidade da Califórnia, um trabalhador feliz, que cuida do seu bem-estar, é 31% mais produtivo, três vezes mais criativo e vende 37% mais.

 

Quando não há um cuidado, a saúde mental desses profissionais pode ser imensamente prejudicada, principalmente em meio à pandemia. Segundo a OMS, Emergências de saúde têm o potencial de fazer com que profissionais da saúde e agentes comunitários desenvolvam transtornos emocionais e com que transtornos preexistentes se amplifiquem. Não obstante, a OMS também afirma que não seria possível vencer a batalha contra epidemias e pandemias sem esses profissionais. Por esse motivo, iniciativas de organizações como a Vitalk que visam cuidar do bem-estar emocional e apoiá-los em seu trabalho diário se mostram importantes no combate à pandemia.

 

O aplicativo Vitalk pode ser encontrado nas principais app stores, para fazer o download gratuito, basta acessar a este link. A empresa também  possui serviços para clientes corporativos, onde suas ferramentas são usadas para conscientizar sobre o tema de saúde mental, mapear indicadores, identificar riscos precocemente e incentivar o cuidado preventivo.

Website: https://cuidandodevoce.vitalk.com.br/

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