História e Talentos: Guilherme Danelhuk

Foto: Divulgação

Estamos resgatando nossa coluna “História & Talentos”, onde sempre mostramos a carreira de pessoas formadoras de opinião, empresárias ou da área artista e social, que merecem destaque pelo exemplo que são em nossa comunidade.

Nosso primeiro entrevistado é o produtor e ator Guilherme Danelhuk, um jovem e talentoso produtor que vem nos últimos anos também vem ganhando espaço como ator. Então vamos cotar sua história.

Por: Vera Rosa

Aos 30 anos, nascido na cidade de Paranaguá, vive há 12 anos em Curitiba, começou a sua carreira como ator há 4 anos, com participações em curtas e web séries.

VR: Guilherme, você que já teve experiências profissionais como relações públicas, o que te motivou a investir na área de produção?

Eu sempre gostei de inventar coisas. Desde criança eu me trancava no quarto e ficava criando peças, construía câmera de caixa de sapato. Eu fiz Comunicação mais pela pressão social mesmo. Aquela coisa de seguir os protocolos, de estudar o ensino médio, faculdade, trabalhar… e RP foi o que eu mais me identificava, e tinha aula de TV e fotografia. Isso contou muito!! Hahaha

Depois que eu me formei me dei conta que não era aquilo. Então fui atrás, comecei a estudar cinema, procurar pessoas do meio e a mostrar o que eu sabia fazer. A força de vontade, de querer realizar sonhos de criança me fez creditar que era possível.

VR: Como surgiu a vontade ou a oportunidade de seguir a carreira de ator?

GD: Vem da criança, lá da minha infância. Depois que me formei em comunicação, eu travei, comecei a sentir medo. E eu não sabia o porquê. Depois de muito tempo fui tendo um processo de autoconhecimento e eu percebi que eu não estava feliz. A minha criança gritava por dentro. Tipo, não é isso Gui. E nisso eu já trabalhava com audiovisual. A paixão foi crescendo e eu comecei a me conhecer melhor, descobrir coisas, interesses.

Teve um dia que eu falei, não tô feliz!! Preciso me descobrir. Foi onde eu fui embora pro Rio de Janeiro. E aí tudo começou a se encaixar. Logo comecei a trabalhar com alguns produtores, diretores de TV lá do Rio. A e paixão pela atuação ressurgiu em mim, de uma vontade lá da infância. Então resolvi me aprofundar e estudar cinema, teatro, atuação.

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VR: Qual foi seu maior desafio, de sair de trás da tela e ir para frente dela?

GD: Acho que os desafio ainda nem começaram. Hahaha tem muita coisa pela frente ainda. Na verdade, pra mim, o maior desafio e a exposição. Mesmo com todo esse instinto artístico muitas vezes o medo de aparecer e me mostrar é desesperador. Quando eu penso que as pessoas estão me vendo já me bate um desespero. Insegurança, medo de estar passando vergonha. Sei lá, eu crio um mundo muito louco na minha cabeça.

VR: Quais foram os seus principais trabalhos como ator?

GD: Estou apenas começando, a maioria dos trabalhos que fiz, eu também fui o produtor, diretor, roteirista. Mas independente do tempo, eu atuei num curta-metragem sobre ansiedade, onde eu mesmo produzi. Esse curta resultou em uma outra forma de pensar. Eu fiquei muito feliz porque foi o primeiro projeto que as pessoas aceitaram como algo profissional. Não que outros trabalhos não sejam, mas esse filme me trouxe segurança e me renderam críticas boas. E ali eu enxerguei que tudo que eu vinha me esforçado para aprender estava funcionando. Muita gente que eu não conhecia passou a conhecer o meu trabalho.

 

VR: Como a rede social impulsiona seu segmento de trabalho?

GD: A rede social sempre foi a minha maior aliada até hoje. Quando eu comecei a ter contado com a internet eu já criava pequenos vídeos de stopmotion. Acredito que 99% do conteúdo que eu produzo é pensado pra rede social. Esse é o único meio que eu tenho pra mostrar as minhas criações.

VR: Em suas produções nas redes, você mistura humor e dramas do cotidiano atual, como é estar sempre produzindo em tempos de pandemia?

GD: Agora na pandemia tá sendo uma grande montanha russa. Tem dias que eu acordo animado, com vontade de escrever gravar ideias novas. Mas tem dias que acordo me sentido triste, sem vontade de fazer nada. Eu produzi muita coisa durante a pandemia, muitas vezes usei da solidão e da tristeza para criar. Um grande exemplo foi o Curta-metragem Frenesi. Transformei a dor em arte.

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VR: E os próximos passos e planos para investir na sua carreira de ator?

GD: Continuar estudando e produzindo cada vez mais. Porque hoje em dia se autoproduzir e muito importante. Porque muitas vezes a oportunidade está ali, naquilo que você mesmo criou.

VR: Qual mensagem você deixa para quem acha que tem talento de deve seguir a carreira?

GD: Ter força de vontade e persistência! Sabemos que o nosso país tem uma desigualdade social absurda. Muitos jovens talvez nunca terão uma oportunidade na vida, infelizmente! Eu, graças a Deus tive a sorte de ter pessoas que me ajudaram, que acreditaram em mim. Não é fácil, as vezes desanima viver de arte. É importante acreditar, mesmo que pareça impossível.

 

Vera Rosa é empresária, apresentadora de TV, CEO do Portal VRNews e do Clube Mulheres de Sucesso Paraná. Relações Públicas e cerimonialista.

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